segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O Efeito Estufa

As mudanças climáticas estão acontecendo em função de um desequilíbrio no Efeito Estufa que é um processo natural que mantém a Terra aquecida. Os Gases do Efeito Estufa (GEE) concentram-se na atmosfera formando uma capa que permite que os raios solares penetrem, mas impede que o calor gerado por eles seja dissipado. Esse fenômeno, quando dentro de um patamar de normalidade, é necessário e benéfico, pois permite que o clima no planeta seja adequado à nossa sobrevivência.
Desde a Revolução Industrial a humanidade vem emitindo uma quantidade descontrolada de GEE através das indústrias, do transporte, da agricultura, da pecuária, da produção de energia elétrica e do desmatamento. Esse aumento nas concentrações dos GEE na atmosfera causa o desequilíbrio no fenômeno e nosso planeta vem se aquecendo muito rapidamente.

São gases que absorvem e reemitem radiação infravermelha, provocando retenção do calor e, conseqüentemente, o aquecimento na superfície da Terra. De acordo com o Protocolo de Quioto são eles: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hexafluoreto de enxofre (SF6), além de duas famílias de gases, os hidrofluorcarbonos (HFCs) e os perfluorcarbonos (PFCs).

Entre os gases do efeito estufa que estão aumentando de concentração, o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) são os mais importantes. O dióxido de carbono (CO2) contribui mais para o aquecimento porque representa 55% do total das emissões mundiais de gases do efeito estufa. O tempo de sua permanência na atmosfera é de no mínimo 100 anos, com impactos no clima ao longo de séculos. A quantidade de metano (CH4) emitida é bem menor, mas seu potencial de aquecimento é 21 vezes superior ao do dióxido de carbono (CO2).
No caso do óxido nitroso e dos clorofluorcarbonos, suas concentrações são ainda menores, mas o poder estufa é, respectivamente, de 310 e 6.200 a 7.100 vezes maior do que o do CO2.

O aumento da concentração desses gases na atmosfera tem sido resultante da ação do homem, especialmente pelas seguintes atividades:
• Dióxido de Carbono (CO2) – liberado na queima de combustíveis fósseis, com as mudanças no uso do solo (como o desflorestamento para pecuária e agricultura), na queima de biomassa e fabricação de cimento.
• Metano (CH4) – produzido através de processos de decomposição orgânica (incluindo o lixo em aterros sanitários), do cultivo de arroz em áreas alagadas, da criação de animais ruminantes (liberado no processo digestivo), e da utilização energética (produção, armazenamento, queima de carvão mineral, produção e transporte de gás natural).
• Óxido Nitroso (N2O) – liberado a partir do uso de fertilizante de nitrogênio nas plantações e, secundariamente, na combustão.
• Hexafluoreto de enxofre (SF6) – Hexafluoreto de Enxofre é um gás sintético, utilizado principalmente pela indústria elétrica, como meio isolante, tanto em disjuntores quanto em subestações blindadas. O potencial de dano global deste gás é 23.900 vezes maior que o dióxido de carbono (CO2).
• Hidrofluorcarbonos (HFCs) – Criados para substituírem os CFCs, é uma das três famílias de gases industriais controlados pelo Protocolo de Quioto. Embora se encontrem em baixas concentrações na atmosfera, têm um potencial de dano global considerável.
• Clorofluorcarbonos (CFCs) – Emissões decorrentes da atividade industrial, gases refrigerantes (ar-condicionado, refrigeradores) e aerosóis.

No caso particular do desmatamento, como as plantas limpam o ar através da fotossíntese2 processando o dióxido de carbono e liberando oxigênio neste processo, a contribuição do desmatamento para o desequilíbrio no efeito estufa é enorme, pois, além do ar deixar de ser limpo na área desmatada em decorrência do desaparecimento das plantas, normalmente são feitas queimadas para limpeza do terreno, o que libera mais dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera e, por fim, a decomposição da matéria orgânica resultante produz metano.
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2 A fotossíntese é o processo através do qual as plantas transformam energia luminosa em energia química processando o dióxido de carbono (CO2), água (H2O) e minerais em compostos orgânicos e produzindo oxigênio gasoso (O2)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Conceitos básicos da BioArquitetura

A bioarquitetura é uma maneira de desacelerar o desgaste do meio ambiente e de melhorar ao mesmo tempo a nossa saúde e o ambiente onde nos vivemos. A bioarquitetura é relacionada à saúde mental e física. A bioarquitetura tem fondamento em alguns conceitos básicos:
- fazer um planejamento da construção de longo prazo
- conforto e qualidade interna dos ambientes
- uso de mão-de-obra e materiais naturais locais para construção, porque essa é uma forma de incentivar a economia da região e minimizar a necessidade de transporte, reduzindo o custo da construção e a emissão de poluentes
- uso de sistemas de iluminação e ventilação naturais (técnicas passivas)
- uso de equipamentos de energia renovável e de eficiência energética, como painéis solares para aquecimento da água dos chuveiros
- uso de água de chuva e reaproveitamento das águas
- uso de tecnologia de baixo impacto ambiental e de baixo custo
- uso creativo de materias reciclados
- gestão dos resíduos sólidos usando o conceito das 3R (reciclar, reutilizar e reduzir)
- integrar transporte de massa e ou alternativos ao contexto do projeto.
Na pratica, a bioarquitetura se baseia no uso de algumas tecnologias e técnicas de construçao especificas

O que é Bioarquitetura?

É um ramo da arquitetura que busca construir imóveis em harmonia com a natureza, com baixo impacto ambiental e custos operacionais reduzidos. Os adeptos do conceito, surgido nos anos 1960, priorizam o uso de técnicas construtivas sustentáveis (tijolo adobe, cimento queimado ou taipa de pilão, entre outras) e matérias-primas naturais, recicláveis, de fontes renováveis e que não possam ser aproveitadas integralmente. Bambu, palhas e madeira reflorestada, ou proveniente de manejo certifi cado, são bastante utilizados, enquanto o alumínio, apesar de reciclável, é evitado por conta do impacto ecológico de sua fabricação.

A bioarquitetura também dá preferência a mão-de-obra e produtos locais, pois essa é uma forma de incentivar a economia da região e minimizar a necessidade de transporte - o que reduz o custo da construção e a emissão de poluentes. Os empreendimentos são pensados para serem sustentáveis também depois de prontos. Assim, adotam-se sistemas de iluminação e ventilação naturais e equipamentos de energia renovável, como painéis solares para aquecimento da água dos chuveiros, além de sistemas de captação de água de chuva e de reuso de água.